Tendo em consideração os estudos do Plano de Adaptação às Alterações Climáticas de Oeiras, que durante tanto tempo esteve escondido dos cidadãos e só por intermédio do Evoluir Oeiras foi possível ordenar-se a sua disponibilização para consulta pública, alertava-se para a necessidade de enfrentar os efeitos cada vez mais frequentes de anos de seca.
Em Oeiras, a salvaguarda de solos de elevado valor ecológico, de reserva ecológica, de risco de galgamento oceânico, preparação para a falta de água, tudo são “exercícios de masoquismo” segundo as palavras do Presidente Isaltino, e as alterações climáticas “devem ser resolvidas é junto dos madeireiros e petrolíferas” (Isaltino dixit na AMO, 2021).
Por nós, o problema é conhecido e está à vista de todos, e nós andamos preocupados pela absoluta falta de preparação do Município de Oeiras para lidar com ele. Ausência de preocupação com redução de cobertos autóctones que dispensem água, falta de investimento crónico em sistemas de rega eficiente e desconhecimento absoluto pelos limites de extração dos aquíferos, sendo que só agora vão avançar as primeiras empreitadas de redução de perdas na rede, com quase 20 anos de atraso.
O requerimento para obter informação sobre os gastos de água no Parque dos Poetas, de 31 de Maio de 2021, como acontece frequentemente, também não teve qualquer resposta.
